No mercado de trabalho atual, as empresas e profissionais devem desenvolver a capacidade de serem únicas e não melhores do que seus concorrentes.
mosca branca
Contudo, essa estratégia defendida por grande parte dos maiores especialistas em gestão até poucos anos atrás parece estar superada, pois agora se percebe que o importante é ser único aos olhos do mercado.
Sim, mas como ser único? Criando uma nova categoria na qual você ou sua empresa possam atuar, afinal de contas este conceito é válido tanto para a carreira de alguém quanto para as organizações. Ou então entregando ao seu cliente algo que até agora ninguém teve a capacidade de oferecer, mesmo que o mercado conte com muitos players.
O próprio Michael Porter, reconhecido autor sobre Estratégia e que defendeu por mais de vinte anos que as empresas deveriam orientar suas estratégias corporativas de acordo com a movimentação dos principais concorrentes agora tem pregado que é necessário, antes de mais nada, as companhias reconhecerem quais são seus recursos internos mais valorosos para que possam canalizar esforços no atendimento dos clientes-alvo escolhidos . Portanto, detectarem as competências-chave num primeiro momento e só depois definirem as estratégias.
Comece a estudar a história de pessoas como Steve Jobs e você perceberá que o i-Pod e o i-Phone, por exemplo, não nasceram do objetivo de serem os melhores num segmento já existente, mas de uma clara intenção de ruptura.
Comparar-se a outro só é válido se o seu referencial vem de alguém que está atento às mudanças e, mais ainda, à frente delas. Tem muita gente utilizando como parâmetro de sucesso pessoas ou organizações que pararam no tempo. E vale lembrar que pior do que se comparar a alguém é utilizar um parâmetro incorreto.
Também concordo que se deve evitar a arrogância insana daqueles que acreditam estar acima de tudo e de todos. A ideia não é esta. Quando você procura ser único, está alargando seu horizonte de percepção e permitindo que oportunidades até então invisíveis tornem-se aparentes.
Portanto, a grande quebra de paradigma no ser humano não está em fazer alguma coisa de maneira nova, mas sim pensar de modo singular e não apenas melhor do que aquilo que já está disponível. Quando o pensamento é de ruptura, as ações tendem a seguir na mesma direção.
No tocante à carreira, torna-se único, por exemplo, quem se capacita em áreas ou especialidades nas quais a grande maioria ainda não visualiza um futuro promissor. Quando você busca formação em campos onde vários outros também estão de olho, provavelmente será mais um a oferecer determinada competência daqui a algum tempo e disputará para ser melhor. É claro que escolher áreas pouco exploradas pode não representar resultados no curto prazo, mas seguramente o tornará referência para aqueles que precisarão contratar os produtos, serviços e/ou habilidades que você fornecerá ao mercado.
Ser único é deter capacidades que geram valor para os clientes de modo inédito e incomum. É por isto que inovação é a palavra-chave para o sucesso das empresas neste início de século e também a solução para quem anseia valorizar seu passe no mercado.
Wellington Moreira
wellington@caputconsultoria.com.br