Após anúncio da negociação de ETF ligado à criptomoeda na bolsa de Nova Iorque, projeções são otimistas para o fim de 2021.
Já na reta final, o ano de 2021 caminha para consolidar-se como um marco para o mercado de criptomoedas. De um lado houve o aumento da demanda, com a adesão de mais investidores e países, do outro, foi observado o crescimento da oferta, com o lançamento de novos produtos.
O Bitcoin (BTC) segue como o carro-chefe desse mercado, sendo a moeda digital mais popular. Apesar das oscilações vividas ao longo do ano, as perspectivas são positivas, o que a mantém como uma alternativa de investimento atrativa, segundo especialistas do mercado financeiro.
Depois de uma valorização histórica, em que passou de US$ 10.600 em outubro de 2020 para quase US$ 65.000 em abril deste ano, um número maior de investidores direcionou o foco para o BTC. Mas as movimentações no cenário macroeconômico fizeram com que a moeda enfrentasse um período de desvalorização nos meses seguintes. O BTC encerrou o último mês de setembro por volta de US$ 40 mil.
No entanto, em outubro, a moeda voltou a se recuperar, chegando ao valor de US$ 66 mil em outubro. A valorização se deu após o anúncio sobre a negociação do primeiro Exchange Traded Fund (ETF) ligado ao bitcoin na bolsa de Nova Iorque, nos Estados Unidos. O lançamento foi feito pela ProShares, com o código BITO, e evidenciou o interesse dos investidores no mercado de criptomoedas.
Diante do feito, as projeções para o BTC são otimistas. Estima-se que a moeda chegue próximo aos US$ 100 mil ainda este ano. Isto porque o ETF seria uma forma de atrair ainda mais investidores, sobretudo, aqueles que têm interesse por criptomoedas, mas ainda são receosos com o risco das operações. Este tipo de fundo oferece maior segurança a quem investe.
Produto já existe no Brasil
O Brasil possui ETF ligado à criptomoeda. A empresa Hashdex foi pioneira ao lançar, em abril deste ano, o HASH11, produto que também atraiu o interesse de muitos investidores. De acordo com dados da B3, até setembro deste ano, o fundo tinha 127,3 mil cotistas, sendo o terceiro maior em quantidade de investidores. À frente estão apenas os ETFs ligados ao S&P 500 e Ibovespa, nesta ordem.
Como funcionam os ETFs
Um ETF ou fundo de índice é uma cesta de ativos que tem o retorno financeiro atrelado a um indicador financeiro. É considerado uma forma mais segura de investir em renda variável, uma vez que é composto por diferentes tipos de produtos.
Cada um desses investimentos pode ter um comportamento diferente. Isto significa que enquanto alguns podem se valorizar em um determinado período, outros podem sofrer perdas. Esta diversificação dos ativos equilibra o resultado final. Por isso, os ETFs são considerados mais seguros em comparação com outros investimentos de renda variável.
Esse tipo de fundo não exige um aporte inicial de grande valor e possui alta liquidez, o que significa maior facilidade para resgatar o dinheiro investido.
A criação de ETFs ligados ao bitcoin tende a contribuir para a popularização do investimento na moeda digital e do mercado de criptomoedas como um todo.