Planejar o seu negócio pode ser uma das principais formas de evitar o insucesso da sua empresa.
Isso porque, a maioria dos problemas que forçaram o fechamento de um empreendimento está relacionado com um mau planejamento ou com a completa negligência desse tipo de preparação.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo SEBRAE, cerca de 80% das micro e pequenas empresas fecham as portas nos primeiros cinco anos de atuação.
Sendo que aproximadamente um terço dessas instituições declararam falência em apenas um ano de funcionamento.
Na maioria dos casos, o motivo alegado para esse encerramento das atividades está relacionado com a falta de capital (20%) ou com o mau desempenho dos lucros (7%).
Isso significa que o despreparo financeiro, a inadequação da gerência e a inefetividade da construção de metas são um denominador comum. E todos esses problemas estão relacionados com a falta de um bom plano de negócios.
Afinal, é esse projeto que irá esboçar como será o funcionamento da empresa, considerando todos os aspectos organizacionais, desde lógica de mercado até a projeção do retorno financeiro.
Assim, o planejamento do seu negócio pode auxiliar com a:
- Viabilização de uma simulação dos pontos favoráveis e de descrédito;
- Previsão das principais ameaças;
- Organização dos processos operacionais;
- Compreensão sobre o mercado que se está inserindo;
- Acompanhamento comparativo das expectativas, entre outros.
Além disso, essa organização pode ser crucial para a obtenção de um financiamento para o seu projeto, por meio da atração de investidores importantes e de aportes financeiros menos burocráticos.
Benefícios obtidos por um bom plano de negócio
A formulação de um plano de negócio apresenta diversos benefícios para as empresas, principalmente porque ele permite uma visão mais ampla sobre o empreendimento, o mercado como um todo e sobre a atuação das empresas concorrentes.
Por meio desse planejamento, os empresários e gestores conseguem identificar formas de tornar os produtos ou serviços mais singulares, o que auxiliará a destacar a marca dentro do setor de atuação.
Isso além de facilitar as estratégias publicitárias, também abre novas oportunidades para o futuro da empresa.
A organização operacional prévia ainda ajuda na ordenação das questões burocráticas, pois envolve a administração das documentações, os registros financeiros, cadastro na Junta Comercial, alvarás de funcionamento, entre outros.
E todo esse preparo será fundamental para garantir a fluidez do trabalho, a viabilidade do empreendimento, a criação de objetivos realistas para o futuro, a redução dos erros ou falhas no processo e para a estabilização da organização desde os primeiros momentos.
Montando um planejamento eficiente para a sua empresa
Ainda que as pessoas compreendam a importância desse recurso estratégico, muitos profissionais ainda têm dúvidas sobre como efetuar o planejamento de uma forma satisfatória e que contemple todos os aspectos necessários da empresa.
Por isso, o curso de administração ou de gestão de recursos humanos é tão recorrido durante esse momento de planejamento. Afinal, eles auxiliam muito na orientação dos profissionais, por meio de um passo a passo de como criar um plano de negócios completo.
No entanto, nós separamos algumas dicas que podem ajudar a assessorar o início dessa construção. Assim, um negócio de sucesso deve começar por meio da realização de um:
1. Estudo de mercado
O estudo de mercado é fundamental tanto para as questões operacionais, quanto para o planejamento financeiro. Pois, ele permite a delimitação dos aspectos quantitativos e qualitativos de todo o setor em que se deseja atuar.
Assim, ele irá funcionar com uma espécie de roteiro que irá basear todas as decisões tomadas pela gerência e pelo setor administrativo, garantindo que durante o funcionamento das atividades a empresa não acabe se afastando dos objetivos principais.
Essa análise de mercado deve incluir uma pesquisa sobre as empresas concorrentes e os seus métodos de atuação, as principais exigências do mercado, a segmentação do nicho e a definição das características do público–alvo.
Também é necessário realizar uma averiguação sobre as tendências comerciais e a viabilidade da venda do produto ou serviço, sobre a disponibilidade de ofertas dele na região em que se pretende atuar e sobre a organização e distribuição dessas mercadorias.
2. Segmentação do público
A segmentação do público-alvo é crucial para a realização de uma boa gestão de marketing e branding.
Isso porque, essa distinção das características de cada grupo de leads permitirá que o setor comercial interaja de maneira específica, aumentando as chances de um retorno positivo.
Assim, além de garantir um número de vendas maior e mais estável, a empresa também se torna capaz de aumentar o nível de satisfação e fidelização desses consumidores.
Para isso, é preciso coletar informações específicas que auxiliem nesse processo, como:
- Local onde há a maior concentração dos consumidores;
- Idade;
- Grau de escolaridade;
- Nível de renda;
- Tipo comportamental;
- Ticket médio;
- Canal compra preferido, entre outros.
A partir desses dados é possível realizar uma análise do mercado, considerando as variáveis que podem ser utilizadas para aprimorar o atendimento ao cliente e a atuação de toda a equipe do setor comercial.
Os gestores e idealizadores do projeto também podem delimitar as características das personas da empresa – os clientes que possuem o perfil ideal para finalizar as compras e ser fidelizados – ou de representações mais acuradas desses potenciais compradores.
3. Análise de fornecedores
Independente da área de atuação da sua empresa, a análise dos fornecedores é essencial para o funcionamento e produção de qualquer produto ou serviço.
Afinal, essa projeção é capaz de evitar futuros prejuízos financeiros, imprevistos no suprimento de matéria prima e uma garantia desse abastecimento.
Assim, inclusive na gestão hospitalar ead, a análise de fornecedores é uma tarefa extremamente importante, pois representa um montante importante do orçamento da instituição e pode determinar a competitividade do serviço oferecido.
Para isso é necessário analisar o desempenho das empresas de abastecimento, o impacto que essas instituições terão no processo operacional, a estabilidade financeira desse negócio, a qualidade do produto ou serviço disponibilizado, entre outros.
Esse parecer pode ser feito por meio de questionários que deverão ser respondidos pelo fornecedor ou por outros negócios que utilizam o serviço dessa empresa parceira.
4. Projeção operacional
O planejamento operacional é uma derivação do planejamento estratégico que, por sua vez, inclui a definição de metas e objetivos que devem ser alcançados em curto, médio ou longo prazos, pela empresa.
Desta forma, o plano de trabalho visa converter esses objetivos em tarefas menores e mais tangíveis, encaixando-as no fluxo operacional diário. Por isso, ele envolve todos os processos internos e a administração de recursos – tanto de tempo, quanto financeiro.
Assim, é preciso saber quais são as metas que devem ser alcançadas, qual será a estratégia para fazê-lo, quais serão os recursos necessários, qual colaborador será responsável por cada tarefa, quais serão os prazos de entrega, etc.
Essa projeção é normalmente realizada em conjunto de diversos gestores e administradores de diferentes partes da empresa – no caso do setor médico, pode ser feita pela gestão de saúde e administração hospitalar.
Todavia, é recomendado que tudo isso passe por uma inspeção dos responsáveis de cada setor antes de ser implementado.
5. Plano financeiro
Em conjunto com todas as tarefas descritas, também é crucial que sejam estabelecidas ações e ferramentas que viabilizem a organização e a administração dos recursos financeiros.
Esse planejamento deve ser realizado pela gestao financeira startup e é fundamental para prevenir os problemas que costumam levar as empresas à falência.
Para isso, é preciso realizar um levantamento de todos os dados relativos à empresa, para que seja possível estabelecer qual é a quantia real de investimentos disponíveis para a sua empresa.
Assim é mais fácil compreender qual é o ponto de partida e o que será necessário para fazer a instituição crescer.
Em seguida é preciso realizar a determinação das metas mais abrangentes, ou seja, aonde se deseja chegar.
Isso pode incluir os objetivos para o faturamento mensal, o teto das despesas, o quanto será destinado para os investimentos em maquinários e, claro, qual será o lucro esperado.
Posteriormente os empreendedores devem criar um plano de ação que, assim como o planejamento operacional, deverá tornar essas metas praticáveis.
Assim, é muito importante que esse profissional seja capacitado em um curso de gestão financeira a distancia, afinal é isso o que irá garantir o sucesso dessa organização.
Importância de um bom gerenciamento de negócio
Após a realização de um planejamento tão longo e detalhado, negligenciar o investimento em uma boa gestão de negócios pode fazer com que todo esse trabalho seja desperdiçado, deixando a empresa tão vulnerável quanto no início.
Isso porque, ainda que o trabalho do gestor seja muito parecido com o dos administradores, a atuação gerencial inclui uma tarefa determinante para o bom funcionamento de qualquer empresa: o controle de pessoal e a relação interpessoal.
Para isso, a graduação em gestão de pessoas ou o conhecimento um pouco mais aprofundado nessa área é essencial para o alinhamento dos objetivos comuns do negócio e para a construção de uma comunicação interna mais otimizada.
Um bom desempenho do trabalho gerencial pode garantir a redução nas falhas cometidas pelos trabalhadores e, consequentemente, a diminuição dos custos operacionais.
Além disso, é possível perceber um aumento na produtividade e a predição mais acurada dos resultados.
Devido a semelhança com o trabalho administrativo, é muito importante que esse funcionário invista em um curso de gestão financeira valor, mas que mantenha sempre o foco no aspecto humano dessa organização.
Conteúdo originalmente desenvolvido pela equipe do blog It Business Fórum, site voltado para a veiculação de conteúdos relevantes sobre negócios, startups e estratégias para pequenas, médias e grandes empresas.
