Você já se deu conta de que pequenas modificações em seu estilo de vida podem ajudá-lo economizar mais dinheiro do que você imagina?
Uma das maiores tendências deste século se chama economia colaborativa ou consumo consciente.
Certamente, bons exemplos para poupar em alguns serviços não faltam. Citarei apenas alguns mais triviais:
Mudar o plano do telefone celular.
Optar por um pacote menor na TV a cabo.
Pesquisar outros planos de saúde.
Vender o seu carro e passar a usar o transporte público ou, então, combinar veículo próprio e transporte alternativo (guarde esse exemplo!)
No primeiro exemplo, uma conta de celular de míseros R$100,00 custa, na verdade, o equivalente a R$2.400 reais no decorrer de um contrato de 2 anos. Uma redução de apenas R$20,00 (de R$100 para R$80) significa uma economia de R$480,00 reais anuais.
O dinheiro poupado, porém, deve ser muito bem aproveitado ou então não passará de uma ilusão.
Um dos grandes trunfos do hábito de se ter uma postura ativa ao valorizar as pequenas (ou grandes) economias, é que ele tem efeitos cumulativos.
Em outras palavras, você pode eliminar as suas dívidas mais rápido ou aproveitar essas sobras para reforçar o seu fundo de emergência, tudo isso sem, necessariamente, aumentar a sua renda. É isso o que chamo de otimização do seu consumo.
Economia Colaborativa: Uma Nova Abordagem Para Economizar
No entanto, uma das estratégias que mais me agradam quando se fala em economizar é aquela que passa o seguinte recado: faça mais com menos.
Nada contra a tática do velho cafezinho que você toma todo dia na padaria (você já deve ter ouvido falar disso em algum lugar).
Controlar as nossas despesas diárias, preocupando-se com os mínimos detalhes, porém, nem sempre reflete a tática mais eficaz para conseguir fazer o nosso orçamento decolar.
Retornemos, porém, ao exemplo 4, a decisão mais radical dentre as citadas: renunciar ao direito de ser proprietário de um carro para apenas usufruir da de sua posse. Como fazer isso? Ora, compartilhando uma carona apenas do seu trajeto em “troca” de uma pequena taxa.
A ideia é simples, porém, o seu conceito já movimenta mais de US$ 110 bilhões em todo o mundo – do Oriente ao Ocidente, de Seul à Nova Iorque: a economia colaborativa (ou economia compartilhada).
Explicarei melhor o significado desse fenômeno e como você pode usufruir desse expediente para não apenas participar dessa revolução, como também revolucionar as suas finanças para melhor.
O que Significa a Economia Colaborativa?
Há cerca de 15 nos atrás, iniciou-se um fenômeno que mexeu bastante com os conglomerados jornalísticos e as editoras de livros, graças a uma invenção criada por dois norte-americanos chamados Shawn Faaning e Sean Parker. Eles foram responsáveis pelo desenvolvimento do Napster Network.
À época, o que eles inventarem foi algo sensacional: um serviço de compartilhamento de música na Internet, que permitia que milhões de pessoas compartilhassem suas músicas sem pagar os direitos aos produtores e artistas.
Segundo consta, Shawn Fanning teve esse brilhante pensamento:
Que bom que seria se todo mundo pudesse compartilhar as suas coleções de músicas e baixar novos arquivos MP3 diretamente nos computadores dos outros usuários (wikipedia).
Você sabe porque eu negritei as “compartilhamento”, “compartilhassem” e “compartilhar”?
Porque esse é o significado da economia colaborativa, isto é, um número enorme de pessoas estão abrindo mão de possuir bens e serviços para apenas ter acesso a eles.
E um dos eventos mundiais que acelerou esse processo foi a crise de 2008 (da qual até hoje o mundo ainda não saiu completamente), pois “forçou” as pessoas a economizar em áreas que, até então, passavam despercebidas no orçamento.
Aliás, um jornalista do jornal The Guardian fez uma interessante observação sobre esse fenômeno mundial:
Na última década, milhões de consumidores tornaram-se prosumers, produção e compartilhamento de músicas, vídeos, notícias e conhecimento no custo marginal zero e quase de graça, encolhendo as receitas das indústrias de música, jornal e livro-publicação (fonte).
Em resumo, as pessoas simplesmente ignoraram o mercado capitalista convencional e estão compartilhando carros, casas, roupas, comidas, música, ambiente de trabalho e ferramentas, apenas para citar alguns exemplos.
Tudo isso com a ajuda de sites e aplicativos que fazem uma via de mão dupla entre consumidores e vendedores e provedores de serviços.
Vantagens da Economia Colaborativa
Quero apresentar ainda 5 vantagens de participar dessa grande mudança de paradigma econômico, através do uso da economia colaborativa. Ao mesmo tempo, é um hábito que fará bem para o seu bolso. Vejamos:
É uma forma de consumo mais sustentável.
Trata-se de uma relação ganha-ganha: quem participa economiza um dinheiro, e o planeta agradece.
A sua participação ajuda a acentuar a queda do preço de produtos e serviços.
É uma maneira de dizer não ao hiperconsumismo.
Eliminação de intermediários e facilitação da reciclagem.
Além das razões acima, podemos dizer que as plataformas de troca são uma reação aos grandes monopólios, o que fará com que os preços sejam mais justos, proporcionem novos recursos aos consumidores e com maior qualidade. De fato, é uma grande revolução de baixo para cima.
#8 Sites que Promovem a Troca e o Empréstimo de Produtos e Serviços
Separei uma lista com 8 empresas que criam várias oportunidades para você economizar, usufruir de ótimos serviços sem gastar muito dinheiro e participar da “sharing economy” ou economia colaborativa. Confira o espera você cada um deles:
1. MAXMILHAS
⇒ O que faz? A Maxmilhas coloca você em contato com usuários dispostos a vender milhas acumuladas a passageiros que desejam compar passagens aéreas. O valor de vendas das milhas é determinado pelo próprio usuário.
⇒ Taxa: 15% do valor da venda das milhas.
⇒ Posso economizar: de 40% a 80% do valor da passagem.
⇒ Site: www.maxmilhas.com.br
2. HOME EXCHANGE
⇒ O que faz? Turistas oferecem sua casa em troca de outra para se hospedar, no destino que escolherem.
⇒ Taxa: Anuidade de R$300 por usuário.
⇒ Posso economizar: Até 58% dos gastos com hospedagem.
⇒ Site: www.homeexchange.com
3. PETROOMIE
⇒ O que faz? Encontrar uma casa ou um cuidador para o animal de estimação durante a ausência do dono.
⇒ Taxa: 15% sobre o valor total das diárias.
⇒ Posso economizar: De 35% a 75% do valor de uma diária em clínicas e hotéis para animais.
⇒ Site: www.petroomie.com.br
4. TRIPDA
⇒ O que faz? Organiza caronas entre cidades próximas. O site sugere um valor a ser cobrado para que o transporte não se torne uma fonte de renda extra.
⇒ Taxa: Não há.
⇒ Posso economizar: O valor da carona vai de 40% a 60% do valor da passagem de ônibus e de 30% a 50% do valor da passagem aérea para o mesmo trecho.
⇒ Site: www.tripda.com.br
5. QUINTAL DE TROCAS
⇒ O que faz? Crianças escolhem um brinquedo para trocar, enviam uma foto e decidem que item querem receber em troca. As trocas podem ser feitas pelo correio ou em locais listados pelo site.
⇒ Taxa: Por enquanto, não é cobrada.
⇒ Posso economizar: Quase 100% do valor do brinquedo (gastos apenas com correio, se a troca for efetuada por esse meio).
⇒ Site: www.quintaldetrocas.com.br
6. EAT WITH
⇒ O que faz? Versão gastronômica do Airbnb, em que cozinheiros amadores e chefs de 29 países servem refeições em casa, após reserva do usuário.
⇒ Taxa: 15% do valor da reserva.
⇒ Posso economizar: Os viajantes podem economizar de 35% a 50% do valor de um jantar em um restaurante típico local.
⇒ Site: www.eatwith.com
7. CARONETAS
⇒ O que faz? Funcionários de empresas cadastradas divulgam seus trajetos, a fim de oferecer ou pegar carona com colegas.
⇒ Taxa: O cadastro das empresas é gratuito, mas elas também podem pagar até 20 mil reais pela elaboração de projetos customizados de caronas que permitam cortar mais custos (empresas com grandes gastos com estacionamento de funcionários, táxi corporativo etc).
⇒ Posso economizar: Até R$1.000 por mês (gasto com estacionamento, imposto, combustível e manutenção de um carro de R$30.000 reais.
⇒ Site: www.caronetas.com.br
8. AIRBNB
⇒ O que faz? É um serviço online comnitário para as pessoas anunciarem, descobrirem e reservarem acomodações únicas ao redor do mundo, seja de um computador ou de um celular.
⇒ Taxa: Além do preço básico da acomodação (dependendo das datas que inserir , você pode ver preços diferentes para uma mesma acomodação), exisem 4 tipos de taxas que você pode ter que pagar: taxa de limpeza, taxa de hóspede adicional, taxa do hóspede do Airbnb e taxa de câmbio.
Finalmente, Airbnb cobra uma taxa de serviços de serviço dos hóspedes por cada reserva para cobrir os custos operacionais do negócio.
⇒ Posso economizar: Muito dinheiro! Depende do destino e da época do ano.
⇒ Site: www.airbnb.com.br
Ps.: Ei, se você conhecer algum website com serviços de compartilhamento grátis ou pago e que não consta desta lista, por favor, comente e partilhe essa informação com todos os leitores.
Recapitulando
Abaixo, coloco novamente a lista de todos os sites citados no artigo, destacando a categoria de cada um deles:
Onde achar serviços compartilhados:
Maxmilhas (passagens aéreas).
Home Exchange (hospedagem).
Petroomie (dog hotel).
Tripda (caronas).
Quintal de troca (brinquedos).
Eat With (refeições).
Caronetas (caronas).
Airbnb (hospedagem).
Espero que as sugestões acima o ajudem a encontrar excelentes maneiras de usar vários serviços e entrar de cabeça nessa economia colaborativa, o que fará poupar não apenas tempo mas dinheiro, sem desmerecer a sua preciosa qualidade de vida.
Você já experimentou algum destes serviços? Adoraria ouvir suas experiências!