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“Que tipo de empresas poderia focar a implementação dos processos de governança “Avaliação, Direção e Monitorização (EDM)” do COBIT 5?"
A. Candeias (Lisboa)
Caros leitores,
As questões que mais frequentemente me são feitas sobre a nova framework COBIT 5 estão relacionadas com os contextos onde a framework pode ou deve ser utilizada e com o entendimento deste “novo” conceito de governança das TI.
Já aqui falei, mas nunca é de mais lembrar, que uma framework é uma ferramenta que tem como principal objetivo apoiar as Organizações a entenderem de forma estruturada um conjunto de conceitos e a melhorarem a forma de implementarem boas práticas no seu contexto. Ainda que a definição de framework seja fácil de entender, quando lhe acrescentamos o tema da governança das TI é natural que exista uma certa desconfiança quando se diz que Organizações de qualquer dimensão devem sistematizar os seus processos de Avaliação, Direcção e Monitorização, pois é sabido que muitas vezes as Pequenas e Médias Empresas nem os processos de gestão e operação têm sistematizados.
Ao contrário dos standards , onde a utilização é muitas vezes prescritiva e necessita de condições pré-definidas para a sua aplicação, as frameworks podem e devem ser adaptadas às necessidades e contextos das Organizações, motivo pelo qual o COBIT 5 pode e deve ser adotado por Organizações, de qualquer tipo ou dimensão, que queiram melhorar a criação de valor suportada em TI.
Neste sentido, não se trata de melhorar a forma como funciona ou se utiliza a “informática” da Organização, mas sobretudo da forma como as TI são envolvidas no negócio.
Esta semana ao ler um artigo sobre a Inclusão de pessoas com deficiências na sociedade, onde se explicava as diferenças entre Inclusão, Integração, Segregação e Exclusão, dei por mim a comparar o modelo explicativo com os diferentes cenários de envolvimento das TI no negócio das Organizações. O resultado, ainda preliminar, foi o que de seguida apresento e onde procurei ilustrar qual deve ser o envolvimento das TI com o negócio para que se possa de facto falar em criação de valor e para que mais facilmente se entendam os objetivos da governança e gestão de TI.
Só com estratégias "Inclusivas" de TI é possível que Organizações, independentemente da sua dimensão, possam aproveitar as oportunidades que as TI podem representar para o negócio e assim criar valor. Para que seja possível falar em Inclusão das TI no negócio da Organização é necessário que as TI sejam vistas como parte do negócio e que as responsabilidades pelas TI estejam atribuídas não apenas às funções de TI, envolvendo a governança e a gestão das TI na governança e gestão corporativa.
Gosto muito da citação de Albert Einstein “Everything Should Be Made as Simple as Possible, But Not Simpler” , e este modelo demonstra bem como um simples “boneco” pode ser tão estimulante. Estou certo que no futuro continuarei a pensar e a falar dele!
Espero ter ajudado!
Bruno Horta Soares, CISA®, CGEIT®, CRISC ™ , PMP®
"The more you know, the less you no!"
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