A imprensa nos traz relatos diários de alta incidência de stress e obesidade em várias camadas da população. Minha experiência na área de psicologia e obesidade me possibilita afirmar que o brasileiro está cada vez mais estressado e com excesso de peso. E pior: a grande maioria não possui o conhecimento de como lidar com o problema.
As pesquisas mostram cientificamente que isto realmente é uma realidade. Mostram também que quando o ser humano se encontra em um estado crônico de stress ou quando está sob a ação de um estressor agudo, sua saúde física e mental sofre consideravelmente. Alem da saúde, comprovamos cientificamente que a qualidade de vida, a sensação de bem-estar e de plenitude também são muito afetadas.
O ser humano estressado mostra irritação e impaciência, além de dificuldade de se concentrar e de pensar de modo racional e lógico. Irritado, sem paciência e sem concentração ele não se relaciona bem com as outras pessoas, fica mais agressivo e menos interessado em assuntos que não o afetam diretamente. Na verdade, não se relaciona bem com ninguém, mesmo com aqueles aos quais ama verdadeiramente.
Neste estado, como se interessar pelo que se passa na sua comunidade, no seu país e no mundo? Como ele pode, em condições emocionais tão precárias, contribuir para o seu sucesso profissional? E como esperar que estressado, prejudicado em seu raciocínio, infeliz nos relacionamentos e muitas vezes doente fisicamente, ele venha a pensar em termos de outras comunidades mais necessitadas?
No artigo abaixo abordo a relação biológica e psicológica entre o stress e a obesidade, priorizando os malefícios do stress na saúde física e psicológica do individuo. Também cito os efeitos do stress no ambiente de trabalho contemporâneo e por último proponho estratégias para o manejo do stress.
Daniela Souza
Efeitos do stress ocupacional na saúde do indivíduo
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